Olá Pessoal!
Somos graduandos do curso de biologia pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, estamos desenvolvendo um trabalho de pesquisa do bioma marinho, da região de Valença-Ba e escolhemos uma espécie endêmica.
Pesquisadores responsáveis: Ely, Fabiano, Luciene, Ramon e Sidney.
Essa imagem abaixo, se trata da espécie do ecossistema marinho presente na nossa região. Seu nome científico é Lutjanus cyanopterus, conhecido popularmente como Caranha de fundo, capturada em um dos pesqueiros próximo, conhecido por rêgo de caranha.
Biometria - Como identificar a espécie
Morfologia da caranha: Nadadeira dorsal com X espinhos e
14 raios; anal com III espinhos e 7 raios; 45 a 47
escamas sobre a linha lateral. Dentes caninos muito
desenvolvidos, os maiores nas maxilas superior e
inferior com aproximadamente o mesmo comprimento;
lábios grossos. Corpo ligeiramente mais baixo e
alongado que nas demais espécies.
Coloração: Corpo acinzentado com tonalidades avermelhadas; não possui mancha negra arredondada acima da linha lateral, ao nível dos primeiros raios
da segunda dorsal; ocasionalmente apresenta barras escuras pálidas no dorso.
Tamanho: Espécie de grande porte chega a medir 1,2 metros de comprimento.
Dicas para Reconhecimento Visual: lábios grossos; dentes caninos muito desenvolvidos nas maxilas superior e inferior, com aproximadamente o mesmo comprimento; placa de dentes vomerianos sem expansão posterior mediana e ocasionalmente apresenta barras escuras no dorso.
CAPTURA X PESQUEIRO
Para o estudo aprofundado de suas peculiaridades, contudo é primeiramente necessário que se conheça a sua localização, entretanto o número de pesqueiros conhecidos por um mestre é vital para o sucesso da sua pescaria, fazendo toda a diferença entre um mestre de embarcação e um pescador com a habilidade de navegar um barco. Um conhecimento tão precioso quanto este é muitas vezes passado apenas de pai para filho, seguindo a tradição oral das comunidades de pescadores.
PESCA DE LINHA PARA CAPTURA DA CARANHA
A pesca de linha de fundo é realizada manualmente pelo homem, as iscas mais comuns são o camarão, a cascuda e o chicharro. A linha é utilizada com a embarcação parada ou em movimento, com base nisso há três artes de pesca: “pescaria de Corso” e “pescaria de duro” (ou “Fundida”). Junto com o aviamento os pescadores utilizam uma chumbada na ponta do náilon para a isca descer para o fundo do oceano. Segundo os pescadores, é necessário “engodar” o lugar, jogando algumas iscas na água, onde se está fundido, atraindo os peixes para mais próximos da superfície. Ressaltam ainda, que é melhor pescar de linha durante o verão quando a maré encontra-se calma.
ECONOMIA DA PESCA NA REGIÃO
Após a captura no mar e de retorno ao porto com a pescaria, os pescadores vendem a caranha para peixarias, que ao saírem deixam certo para o recebimento da produção. Vendendo o quilo da caranha aproximadamente por R$ 4,50, onde os proprietários irão agregar valor ao peixe; fazendo postas, filés e entre outras formas para comercialização, que por sua vez seu valor passará a ser aproximadamente R$ 13,00 o quilo. Atraindo consumidores de toda a região.